Inventário PCI

Os sete infantes de Lara

Vimioso

"Os sete infantes de Lara":

«Epopeia sangrenta, familiar (…) A história gira em torno de uma desavença familiar. Casava-se Dona Lambra de Bureba com Don Rodrigo de Lara, irmão da mãe dos infantes, Dona Sancha. Frente a frente encontram-se os familiares da noiva e os de Lara. Perante a vontade de vingança de Dona Lambra, o seu tio, D. Rodrigo, urdiu um plano de vingança enviando Gonçalo Gustios, pai dos infantes, com uma carta a Almançor, dizendo-lhe que matasse aquele que levava a carta. Mas Almançor tem pena de Gonçalo e não omata, prende-o. A outra parte do plano consistiu em enviar os infantes para a batalha contra os mouros, abandonado-os no campo de batalha, e assim aconteceu.

O momento mais impressionante do romance é quando Almançor mostra as cabeças dos sete infantes ao seu próprio pai. O seu choro, diante das cabeças dos filhos, constitui uma das páginas mais pungentes de toda a epopeia. Em Portugal, conhece-se pelo menos uma edição, de 1747, traduzida por Reynerio Bocache e impressa na “ofiicina de Domingos Rodrigues”, com o seguinte título: História nova, curiosa, e verdadeira da morte e façanhas dos Sete Infantes de Lara, com a vida do nobre cavalleiro, o Conde D. Fernando Gonsalves, extrahida fielmente das chronicas de Espanha.»

http://tpmirandesp.no.sapo.pt/SeteInfantes_PagInicial.htm

 

 

 

Registo - Alcino Teles, 1952. Vimioso

Registo 2010.

  • [Fragmento de um “casco” de um auto popular]

     

  • Classificação por Paulo Correia, CEAO, 1 de Março de 2011.
  • «A lenda, de fundo histórico, relembra-nos os feitos e as lutas entre os mouros e os cristãos durante a chamada “reconquista”. (…) O romance baseia-se num antigo cantar de gesta, já desaparecido. (…) O momento mais impressionante do romance é quando Almançor mostra as cabeças dos sete infantes ao seu próprio pai.»

    http://tpmirandesp.no.sapo.pt/SeteInfantes_PagInicial.htm

  • Transcrição

    Os sete infantes de Lara

     

    «Os sete infantes de Lara

    saíram a pelejar

    em louvor da Santa Fé

    contra os mouros de além-mar.

     

     

    Eu sou Mudarra, senhor

    meu abo(1) rei de Almançor

    meu pai conde de Castela,

    eu sou vosso vingador.

     

    Pois vim pra vingar dos Acetos(?).

    A ele também matei.

    Também apareceu o pai

    e também o desafiei.

     

    Desce já do teu cabalo(2),

    braço no braço pelejemos.

    Assim desta maneira,

    assim nos encontraremos.»

     

    Alcino Teles do Fundo, Vimioso, Outubro de 2010

    Glossário:

    (1) Abó – avô (trocar o “b” pelo “v” é um traço fonético comum nos dialectos do Norte do Portugal).

    (2) Cabalo  - cavalo (trocar o “b” pelo “v” é um traço fonético comum nos dialectos do Norte do Portugal).

    Referências bibliográficas e recursos online utilizados no glossário:http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=8163;http://www.clul.ul.pt/equipa/mcruz/segura.pdf

     

    Caraterização

    Identificação

    Práticas performativas
    Manifestações teatrais e performativas
    Os sete infantes de Lara
    1952
    Alcino Teles
    Comerciante

    Contexto de produção

    Contexto territorial

    Vimioso, estabelecimento comercial
    Vimioso
    Vimioso
    Bragança
    Portugal

    Contexto temporal

    2010
    Hoje sem periodicidade certa. Encontros informais e iniciativas do Município de Vimioso

    Património associado

    Transmitidas aos serões, em quotidianos de trabalho e lazer.

    Contexto de transmissão

    Estado da transmissão
    ativa
    Descrição da transmissão
    NULL
    Agentes de tramissão

    Residentes do concelho de Vimioso que são convidados para iniciativas do Município e Biblioteca de Vimioso.

    Idioma
    Português

    Equipa

    Transcrição
    Maria de Lurdes Sousa
    Registo vídeo / audio
    José Barbieri
    Entrevista
    José Barbieri e Filomena Sousa
    Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL