• Nome: Armindo Martins Santana

  • Ano de nascimento: 1956

  • Residência: Portalegre (freguesia da Sé)

  • Actividade profissional: Funcionário dos CTT

  • Função na Sociedade Musical Euterpe: Anterior maestro e músico

  • Entrevista: 2010/2/10_ Portalegre_Sede da Sociedade Musical

"A banda, nessa altura, 71, atravessou assim umas crises um bocado más. Tinha pouca gente e pouca qualidade. E o maestro, não é que, pronto, não fosse uma pessoa, porque era reformado do exército, mas já estava muito velhote, muito surdo, não sei quê, não tinha aquelas exigências precisas e a banda foi funcionando assim.

Mas se eu lhe digo nessa altura – da década de setenta – que a banda estava muito em baixo, quase não existia e era apelidada pelas outras bandas rivais como "A Navalha", não sei porquê, não sei de onde é que isso veio (se a navalha era de corte e com a banda de Alegrete). Catorze [elementos], não mais. Não mais.

Depois a década de setenta, tivemos a felicidade de vir o 74! E o 75! Então aí, depois, em 76, tivemos a felicidade de haver uma disponibilidade de mais voluntariado.

Nessa altura, a Sociedade como tinha condições – e deixou de existir uma colectividade que funcionava num outro piso do edifício onde nós estávamos (que era a Robinson, que é da Fábrica Robinson) –, tinha dois salões grandes onde se faziam bailes. Então, nessa altura, a colectividade arrancou com várias [actividades] – isto já em 76, quando veio o Sr. José Luís Dias para presidente da direcção, que revolucionámos, totalmente, nessa altura, a colectividade e tudo.

Criámos um grupo de baile, um conjunto. Então, como tínhamos as instalações da Robinson, nós fazíamos todos os fins-de-semana bailes. E aí era preciso muita gente. Então a direcção, para além da direcção, começou a criar uma comissão de grupo de amigos. Nessa altura, tinha os meus dezassete, dezoito anos já e comecei a entrar, pronto, a dar os apoios possíveis na bilheteira, no bar, nisto e naquilo... E portanto aí, nessa altura, foi um dos arranques bons que a banda teve.

Depois tiveram a sorte de encontrar um senhor que, na altura, tinha quarenta ou quarenta e poucos anos, se calhar. Um sargento, Armando Reigota, que era músico militar (mas, na altura, depois passou ao quadro (?)) e estava aqui no quartel (que, nessa altura, ainda não era CIP) que com vinte e nove músicos ou trinta, mas aquelas vinte e nove ou trinta garantiam os ensaios todos e os serviços todos praticamente."