Inventário PCI

A praça de homens

Alenquer

A "Praça de Homens" - Relato sobre o que se chamava uma praça de homens, onde os agricultores iam comprar os serviços de homens para trabalhar no campo.

António Comprido, Ano de Nascimento 1933. Bonvizinho. Pereiro de Palhacana. 

Relato sobre práticas

Transcrição

A praça de homens

"Eu nunca andei lá, mas sei como é que era. Era ali um círculo assim todo. Depois chegava ali os cães grandes (chama-se isso, não era?); os grandes.

- Tu e tu e tu e tu, vais para mim. Quanto é que é?

A praça saía, por exemplos, cinquenta escudos. Depois já começou a ser mais. Hoje já é… é cinquenta euros! Mesmo só a cortar umas vides com uma tesoura! Hoje é que se ganha dinheiro. Agora… Porque isto agora… Com carroças não dava nada! Como é que se arranjava as fazendas? Dantes era tudo cavado a homens! Percebe? Agora não, agora passa o tractor por aqui pela mata acima, leva um bocado de remédio ao pé da cepa, acabou-se. As minhas ainda – algumas – ainda são arranjadas, são cavadas ao pé da cepa. Mas sou eu, porque gosto de as ver arranjadas como deve ser. Tudo franjado ao meio… Quando é ali no Verão, está ali que é uma peluda: uvas de mesa que aquilo parece bugalhos. Está bem, está…"

 

Caraterização

Identificação

Práticas sociais, rituais e eventos festivos
Agricultura e silvicultura
A praça de homens
1933
António Comprido
Trabalhador agrícola

Contexto de produção

Contexto territorial

Bonvizinho, residência de António Comprido
Pereiro de Palhacana
Alenquer
Lisboa
Portugal

Contexto temporal

2013

Património associado

Contexto de transmissão

Estado da transmissão
inativa
Descrição da transmissão
Agentes de tramissão

Histórias partilhadas nos tempos de lazer e em festas e romarias. Actividades promovidas pelo Município.

Idioma
Português

Equipa

Transcrição
Ana Sofia Paiva
Registo vídeo / audio
José Barbieri
Entrevista
Filomena Sousa
Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL