Inventário PCI

Alumiar os santos

Relato sobre como alumiavam aos santos, para ajudar uma pessoa moribunda a partir em paz.

Costumes tradicionais (religião popular; culto dos santos; a “boa morte”)

Transcrição

- "O meu cunhado a morrer, que morreu muito novo (...?). E depois veio a tia São do Castro e ela estava aqui e ele deu um suspiro logo e outro mais logo e ela: 

«Tónio! Lembra-te de Nossa Senhora, Tónio! Tónio, lembra-te de São Bentinho, Tónio! Tónio, lembra-te deste santo e daquele!». 

Estava a pessoa a morrer e ela a gritar para ele se lembrar, não era? Chamava-se então alumiar os santos."

- "É. Do que me contaram, quando ele estavam quase a morrer, então vinha a Tia São, punha-se ali ao lado da cama..."

- "A tia São… Era uma pessoa da casa!"

- "E dizia: 

«Valha-lhe Nossa Senhora dos Aflitos. 

Valha-te São Bento que te tire desse sofrimento. 

Valha-te Santo António que te livre do demónio.", por exemplo.

 E o homem ainda não tinha morrido, mas já estavam ali a..."

- "Que era para ele morrer em paz."

- "Que era para ele ter uma morte mais lenta, mais santa."

- "Mais lenta [Risos] acho dificil."

- "Era, porque já estavam os demónios todos de volta dele, nem o deixavam morrer."

 

Caraterização

Identificação

Tradições e expressões orais
Maria da Conceição Costa, Joaquim Simão, Marlene Castro

Contexto de produção

Contexto territorial

Rubiães
Rubiães
Paredes de Coura
Viana do castelo

Contexto temporal

2022

Património associado

Contexto de transmissão

Estado da transmissão
Descrição da transmissão
Agentes de tramissão
Idioma

Equipa

Transcrição
Laura del Rio, Paulo Correia
Registo vídeo / audio
José Barbieri
Entrevista
Filomena Sousa, José Barbieri
Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL