Sou tísica de nascença,
Só pão de rolão me dão,
Por falta de cozimenta
Deito o que roio no chão.
Vivo muito oprimida
P’r’assim poder trabalhare,
Quando começo a comere,
Começo logo a roncare.
Ai daquele que de mim se serve
P’ra conseguir o seu fim,
Sem eu ter nada de santa,
S’ajoelham ao pé de mim!
Explicação:
- Sabe o que isto é? A serra.
“Sou tísica de nascença” porque é uma coisa muito delgadinha e “só de pão de rolão me dão” qu’é o madêro….o madêro…recebem tantos. E “Por falta de cozimenta”…só le dava era madêra a roer. Falta de cozimenta, deitava o que roía no chão. Depois, “Vivia muito oprimida” que era apertada ali…Depois, “Começava a comer, começava logo a roncar” […]Depois dizia então: “Ai daquele que de mim se serve p’ra conseguir o seu fim” – p´ra ganhar dinheiro – “Sem eu ter nada de santa” andavam de joelhos atrás dela. Ah, andavam lá atrás dela de joelhos.