Inventário PCI

A venda do sargaço

Esposende

"A venda do sargaço" - Como e quem vende o sargaço, verde ou já seco.

Manuel da Silva, Ano de Nascimento 1935, Apúlia. Registo 2010

Saber Fazer/Episódio de vida

Transcrição

A venda do sargaço

 

 

Aquelas familiazinhas mais pobrezinhas iam apanhar o sargaço para vender. Vendiam o quê? Tanto vendiam a carrelada em argaço ainda verde, consoante saía da praia, ou então depois de seco. Mas depois havia o preço dum e doutro diferente, não é? Enquanto uma carrelada de argaço verde, a sair da praia, era vendido por quinze tostões, dois escudos, dependia, depois de seco já era mais caro, porque já acumulava mais. Por exemplo, quatro carreladas de argaço verde, dá uma de seco. E então havia aquela diferença. E essa gente mais pobrezinha ia apanhar o sargaço para vender. Não era porque eles precisassem dele, tinham necessidade era de vender para angariar alguns tostões.

Fora isso, havia também os agricultores, que esses apanhavam com mais abundância. Tinham outras facilidades, porque havia lavradores que tinham gado, tinham carros de bois, não é? E então tiravam a maior quantidade que pudessem e depois, em vez de andar à carrelada, traziam os carros de bois à praia, carregavam os carros e levavam para as dunas para secar. A maior parte era tudo agricultores porque tinham necessidade do sargaço para o adubo das terras.

 

 

Caraterização

Identificação

Tradições e expressões orais
Manifestações literárias, orais e escritas
A venda do sargaço
1935
Manuel da Silva
Agricultor

Contexto de produção

Contexto territorial

Biblioteca Municipal Manuel Boaventura
Apúlia
Esposende
Braga
Portugal

Contexto temporal

2010

Património associado

Saber-fazer, processo de construção das masseiras e da apanha de Sargaço
Instrumentos agrícolas e instrumentos da apanha do sargaço
Praia da Apúlia

Contexto de transmissão

Estado da transmissão
ativa
Descrição da transmissão
Agentes de tramissão

Comunidade agrícola da Apúlia.

Idioma
Português

Equipa

Transcrição
Ana Sofia Paiva
Registo vídeo / audio
José Barbieri
Entrevista
Filomena Sousa
Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL