Inventário PCI

A praça de homens

Alenquer

A "Praça de Homens" - Explicação acerca das praças de homens, onde se comprava mão-de-obra para trabalhar nos campos, e de como essa prática terminou por causa da existência das máquinas agrícolas.

António Melão, Ano de Nascimento 1932. Soeiro Cunhado. Pereiro de Palhacana.

Relato sobre práticas culturais

Transcrição

A praça de homens

"Eu nunca andei lá, mas sei como é que era. Era ali um círculo assim todo. Depois chegava ali os cães grandes (chama-se isso, não era?); os grandes.

- Tu e tu e tu e tu, vais para mim. Quanto é que é?

A praça saía, por exemplos, cinquenta escudos. Depois já começou a ser mais. Hoje já é… é cinquenta euros! Mesmo só a cortar umas vides com uma tesoura! Hoje é que se ganha dinheiro. Agora… Porque isto agora… Com carroças não dava nada! Como é que se arranjava as fazendas? Dantes era tudo cavado a homens! Percebe? Agora não, agora passa o tractor por aqui pela mata acima, leva um bocado de remédio ao pé da cepa, acabou-se. As minhas ainda – algumas – ainda são arranjadas, são cavadas ao pé da cepa. Mas sou eu, porque gosto de as ver arranjadas como deve ser. Tudo franjado ao meio… Quando é ali no Verão, está ali que é uma peluda: uvas de mesa que aquilo parece bugalhos. Está bem, está…"

 

 

Caraterização

Identificação

Práticas sociais, rituais e eventos festivos
Agricultura e silvicultura
A praça de homens
1932
António Melão
Trabalhador agrícola

Contexto de produção

Contexto territorial

Lages da Freiria
Pereiro de Palhacana
Alenquer
Lisboa
Portugal

Contexto temporal

2013

Património associado

Festas e feiras locais

Contexto de transmissão

Estado da transmissão
inativa
Descrição da transmissão
Agentes de tramissão

Histórias partilhadas nos tempos de lazer e em festas e romarias. Actividades promovidas pelo Município.

Idioma
Português

Equipa

Transcrição
Ana Sofia Paiva
Registo vídeo / audio
José Barbieri
Entrevista
Filomena Sousa
Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL