Inventário PCI
Alenquer
"A "Praça de Homens"" - Descrição das praças de homens e mulheres onde os donos das quintas compravam mão-de-obra para trabalhar nos campos.
Arminda Anselmo, Ano de Nascimento 1935. Valverde. Pereiro de Palhacana.
Relato sobre práticas
Transcrição
A praça de homens
"Tinha onze anos fui para o Preto para uma quinta vindimar. Aqui caía, ali me alevantava, com o caldeirinho nas mãos. Na era do Casal das Eiras, fazia-se praça a falar a mulheres e a homens para trabalhar. Tinha treze anos, fui para a monda.
Então, fazia-se uma praça de mulheres e homens e iam os patrões falar à gente. Iam os patrões falar à gente. E a gente ia para os patrões. [Eu] ia. Então, com treze anos para a monda – chamava-lhe a gente – serra abaixo, que é para aí para o lado da Arruda, a mondar! Eu era muito pequenina ainda – ainda hoje não sou grande…
Um oferecia vinte, não era? E o outro dizia assim:
- Olha, para mim dou vinte-e-um!
A gente queria ir para a quinta do vinte-e-um! Vinham outros, ofereciam vinte-e-dois ou vinte-e-três: lá a gente ia para os do vinte-e-dois ou vinte-e-três. Era assim. Assim é que era a praça. E os homens era a mesma coisa. Era assim."
Caraterização
Identificação
Contexto de produção
Contexto territorial
Contexto temporal
Património associado
Contexto de transmissão
Histórias partilhadas nos tempos de lazer e em festas e romarias. Actividades promovidas pelo Município.