Inventário PCI

Apanha da cereja

Alenquer

"A apanha da cereja" - Descrição de um tempo feliz em que as mulheres apanhavam a cereja, cantando ao desafio.

Maria de Lurdes, Ano de Nascimento 1935. Bonvizinho. Pereiro de Palhacana. Alenquer. 

Relato sobre práticas culturais

Transcrição

Apanha da cereja

Era um rancho de mulheres. A gente ia cedo, depois vinha almoçar, depois tornávamos a ir para lá outra vez… Era de sol a sol, naquele tempo era assim… Andavam mulheres do meu pai, andavam outras de outro lado... Depois elas cantavam ao desafio umas com as outras. Era alegre, no campo. Naquela altura era alegre. No tempo da cereja era muito alegre. As mulheres subiam pelas árvores acima e depois começavam a cantar umas com as outras. Vinham também do Casal das Eiras – eram velhas e novas; era raparigas novas e já pessoas de idade. Agora não, porque agora também não há povo para apanhar; porque as velhas, quer dizer, morreram, e as novas, está tudo empregado. E acaba-se. E há menos cerejeiras e mesmo a pouca que há, fica em cima das árvores porque não há quem apanhe. Naquele tempo a gente apanhava e mandava para Lisboa. Vinha aqui uma camioneta buscar a fruta e a gente manda para a praça de Lisboa.

 

 

 

Caraterização

Identificação

Práticas sociais, rituais e eventos festivos
Agricultura e silvicultura
Apanha da cereja
1935
Maria de Lurdes
Trabalhadora agrícola

Contexto de produção

Contexto territorial

Bonvizinho, junto à residência de António Comprido e Maria de Lurdes
Pereiro de Palhacana
Alenquer
Lisboa
Portugal

Contexto temporal

2013

Património associado

Contexto de transmissão

Estado da transmissão
ativa
Descrição da transmissão
Agentes de tramissão

Histórias partilhadas nos tempos de lazer e em festas e romarias. Actividades promovidas pelo Município.

Idioma
Português

Equipa

Transcrição
Ana Sofia Paiva
Registo vídeo / audio
José Barbieri
Entrevista
Filomena Sousa
Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL