Inventário PCI
História da maldição da Princesa transformada em cobra nas margens do rio
Lendas do sobrenatural (mouras encantadas); Versão em verso.
Transcrição
A Princesa e a Moura encantada,
que no rio se está a pentear.
Apareça só de madrugada
ou de noite se houvesse luar.
Seu cabelo chegava à cintura
e dos olhos um brilho saía.
O seu rosto expressava ternura
a sorrir na aurora do dia.
Era flor do seu povo amado.
Junto ao rio gostava de estar.
As tropas do velho condado
suspiravam ao vê-la passar.
(...)
Com a guerra que então começava
e os mouros todos a fugir,
foi no rio que uma cobra-fada
encantou-a e pô-la a dormir.
(...)
Aparece vestida de branco
nas margens do Rio Mouro.
Quem for lá quebrar-lhe o encanto,
diz a lenda que guarda um tesouro.
Um tesouro que tem riqueza para sete cidades
ou veneno para as contaminar.
O mistério guarda essas verdades,
ninguém se atreva a desencantar.
E acaba aí.
Diz que uma vez foi um cavaleiro lá para a desencantar e tinha que lhe dar um beijo. Então ela veio em forma de cobra a nadar pela presa para cima e quando chegou a ele, ele assustou-se. E ela disse: «Lá condenado, amaldiçoaste-me por mais 100 anos.». E ela depois durante esses 100 anos não podia ser desencantada."