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"Para mim é assim ser presidente ou não ser presidente para mim isso é secundário, eu estou aqui porque gosto. Se não gostasse não estava aqui. Ser o presidente ou ser o último ou ser o vogal, também não… Gosto é de participar e de ajudar. Aliás sempre gostei de participar em associações. Quando cheguei ao Boavista já vinha de duas ou três associações e agora estou mais, estou metido noutra também, noutra associação. Sempre gostei de associações. Ser o presidente é apenas uma mera formalidade, alguém tinha que ser. Foi-me pedido se eu não me importava de ser e tudo bem. E nesse aspecto tenho feito o melhor que sei e posso no sentido de juntar muitas vezes as pessoas porque também não é fácil com tanta gente aqui, há sempre alguns atritos que é preciso limar e é sempre ter alguma calma no meio disto tudo. Para mim é importante pertencer ao grupo e estar neste movimento do folclore porque, como disse há pouco, é um pouco reconhecer e voltar às minhas raízes e às nossas raízes para saber como é que… Porque sempre gostei muito destas actividades ligadas ao campo, eu sou de uma terra aqui perto, sou de Fronteira, que é uma vila que esteve muito ligada também à agricultura e sempre me interessaram muito estas questões. E à medida que vou lendo cada vez mais coisas sobre o folclore e sobre as nossas tradições mais gosto de estar envolvido e mais gosto de estar a participar e estar no Boavista a tentar que o Boavista seja cada vez mais perto do que eram os nossos antepassados e o que eram as nossas tradições, porque em termos pessoais sinto-me aqui perfeitamente integrado, seja nesta função seja noutra função qualquer, conto estar aqui enquanto for útil, enquanto achar que posso ser útil e enquanto as pessoas acharem que posso dar alguma coisa ao Boavista, estarei aqui sempre." |