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"A questão mais marcante que eu encontrei, para mim, na minha presença no grupo, é que fiz centenas de amigos! Essa é a situação mais marcante que eu tenho na minha vida, é esta. Fiz centenas de amigos! No grupo – pessoas que por já por cá passaram, que vão saindo e os que cá estão – fiz centenas de amigos. De fora do grupo, posso dizer, com muito orgulho, que não fiz nenhum inimigo, nem nenhum adversário. Esta para mim é a mais… Que me toca mais fundo, é isto! A amizade. Temos discussões! Por vezes, temos discussões acaloradas, não é? Até na reunião da Direcção ou até aqui nos ensaios! Discussões acaloradas! (…) Mas não fiz nenhum inimigo, nem nenhum adversário. Fiz só amigos para mim e para a minha família. Portanto isto deixa-me muito orgulhoso – é a parte mais marcante que eu tenho. Depois vim conhecer um mundo diferente. Eu, sendo do Baixo Alentejo, estava mais habituado a ouvir os cantes do Baixo Alentejo. E gosto muito dos cantes do Baixo Alentejo! É uma faceta que gosto e que procuramos, de vez em quando, trazer aos festivais de folclore do Boavista grupos do Baixo Alentejo. Estar num grupo destes permitiu-me, para já, conhecer outra visão da cultura – alargar os meus conhecimentos à cultura tradicional, conhecer tradições de vários pontos do nosso país. Hoje, quem está nisto e gosta de estar, começasse a aperceber que, de facto, o que é que é do Minho, o que é que é Beira, o que é que é do Algarve, o que é que é do Alentejo. Começa a perceber isso. O que é que está estranho quando assim não é… Conhecer também um pouco de fora do país, não é? Não digo a tudo, mas vou a grande parte delas, não é? E, portanto, isto é muito marcante para mim! Acho que fiquei mais enriquecido. Estou mais rico culturalmente e pessoalmente e socialmente. Estou muito mais rico." |