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"Depois de nós começarmos a sentir que também tínhamos possibilidades de mostrar aquilo que era nosso, começámos a pensar ir a vários lados. Pedimos para ir a São Julião, pedimos para ir às Carreiras, fomos a Póvoa e Meadas. Enfim, fomos a vários lados, mas tínhamos que andar a pedir. E para irmos, muitas das vezes, até íamos sem lucro. Sem ganhar. Organizávamos umas rifas para arranjar dinheiro para poder ir. Umas das primeiras actuações que nós tínhamos muita vontade de ir era ao São Mateus a Elvas. Metemos por cunha (um senhor chamado Corvel (?) que era o chefe da secretaria da Câmara de Elvas e que era natural de Portalegre e tinha aqui familiares), de maneira que através do Senhor Corvel (?) conseguimos ir às Festas de São Mateus, mas sem lucro! Íamos só para fazer publicidade daquilo que era nosso. Depois dali até começámos e começámos então – foi quando o grupo começou a evoluir. E já começámos também a pensar nas despesas e a meter (porque a Câmara também nos ajudava, de vez em quando, com transportes e mais, pronto, subsídios eram muitos poucos, não tínhamos hipótese)." |
{loadmoduleid António Lagarto}