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"Eu sempre fui uma pessoa que gostei muito de conviver, talvez por também ser um pouco popular, aqui em Portalegre, e por isso me convidaram para a banda, para a presidência. Mas, essencialmente, a parte de convívio, o espírito também, sei lá, que isso veio da minha vida militar, não é? Portanto, orientar os destinos da banda, criar harmonia, criar uma convivência sã. Portanto, não estou a falar como educador mas, de qualquer maneira, se não houver um respeito mútuo entre os elementos da banda, o seu convívio com a direcção… Portanto, tem que ser um bloco e tem que funcionar em bloco. Neste caso, na minha qualidade de presidente, portanto, as minhas funções eram, junto com os outros elementos da direcção, coordenar esse funcionamento harmónico que é essencial existir. A banda comove as pessoas. A mim particularmente, aliás, já deram por isso. Portanto, ver passar uma banda, ouvi-la a tocar, sensibiliza as pessoas, exactamente por isso é que a banda tem um bom número de sócios que têm gosto em também contribuir com a sua amizade e demonstrar essa amizade com uma pequena cota de associado. Portanto, a banda sempre esteve ligada a todos os acontecimentos festivos, embora também tenha actuado em funerais! Sim. É normal, não é? Poucas vezes, não é? Mas procissões, arruadas, touradas, concertos em qualquer nível. Fomos à televisão, por exemplo. Participámos num programa “À volta do Coreto” do António Vitorino de Almeida. Isto, portanto, tudo ajuda a divulgar a banda e estimula a amizade que a população tem pela banda. E depois sempre nos envaidece, de qualquer maneira, saber que a banda foi actuar em Espanha, por exemplo, ou ao Porto, ou a Coimbra ou… Isso tudo cria uma auto-estima própria e é reavivada por todas as vezes que a banda sai à rua a tocar por qualquer motivo, porque faz anos ou porque há uma festa ou… É isso que cativa, de facto, a admiração da população, e não só, das pessoas que gostam também de música. E faz vibrar as pessoas." |