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"As fardas. Está aí uma fotografia muito antiga, não sei onde ela está afixada, mas estava afixada lá na sede em baixo, que era com umas fardas muito antigas com uns bonés assim fora da coisa… Assim quadradas, não tinha jeito nenhum, assim umas coisas… Bem, inferiorizava até o que era uma banda de música, não é? Mas depois, mais tarde, a partir da entrada para a Sociedade de umas certas pessoas para a direcção, não é? Começaram a olhar para novos fardamentos. A banda teve mais que um fardamento, quer dizer, novos, teve mais que um. Mas um, lembro-me eu que foi comigo. Foi comigo que era, nessa altura, tesoureiro um Sr. Dias que também foi cá músico (e que mal empregado ele não estar aqui presente, que ele tem alguma bagagem cerebral) e então fui eu, mais esse tal secretário e o presidente da banda, nessa altura era um professor de Liceu de Canto Coral, o Sr. Raimundo, e então fomos a Lisboa encomendar o fardamento… Que era uma categoria! Não usava gravata, nesse tempo, não se usava gravata no coiso, e foi nesse fardamento, com a minha ida e do presidente e tal que dei a minha opinião que a banda devia ter neste bolsinho um lencinho da cor da gravata. E assim foi. Este que está agora já é novo, mas é a quase com o mesmo estilo que era o fardamento que se adquiriu na altura em que eu era tesoureiro da Banda Euterpe e a gravata foi da opinião desse secretário Dias. Gravata vermelha e com o lencinho vermelho que era uma categoria! Quando saímos a banda já não parecia a mesma! Dessa história eu lembro-me muito bem. Exactamente! Uma farda excepcional." |