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"Portanto, a nível dos músicos – que é a parte mais fundamental nossa – nós temos um grupo de jovens músicos extraordinários que são realmente uns heróis. E a esses sim, é que eu tenho que tirar o meu chapéu e a esses sim é que eu tenho que bater palmas de pé todos os dias que entro dentro desta casa. Pelo simples motivo de que ninguém aqui ganha dinheiro. Nenhum músico ganha dinheiro, nenhum director ganha dinheiro. E eles trabalham muito bem! E o trabalhar bem… Trabalham muito e trabalham bem… Porque, às vezes, trabalha-se muito e trabalha-se mal, não é? E eu sinto que o trabalho feito aqui musicalmente é um trabalho muito bem feito, muito bem programado, muito bem dirigido e logicamente com frutos, não é? Não vale a pena estarmos a acartar pedras do ponto A para o ponto B e do ponto B para o ponto A todo o dia. Chegamos ao fim do dia estamos cansados e o trabalho foi zero! Não é? O trabalho é o resultante de vários vectores do conjunto das situações. A parte musical na banda, para mim, é a que está melhor. E é a mais importante, como é lógico. A escola de música é um pilar onde tudo isto assenta porque se não houver uma boa escola de música não haverá manancial de músicos para preencher os quadros da banda e a escola de música está a funcionar bem, graças a Deus, podia estar a funcionar melhor, porque nós temos alunos aos quais não podemos dar instrumento porque não temos, porque é impossível. Portanto,... mas isso são problemas que nós temos de viver com eles todos os dias, temos de os encarar como um desafio e vamos ter esperança" |