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"Depois, em 79, fui funcionando como director de banda, umas vezes como tesoureiro, outras vezes como secretário, mas (como tesoureiro ou como secretário) na rua, como eu era músico, era eu que funcionava como director de banda – que levava o cheque, trazia o dinheiro, não sei quê, fazia os contactos, de almoços, de refeições, mais não sei quê, todos esses contactos passaram por mim. Depois houve aqui umas alterações de regências. O Sr. Armando Reigota, porque foi transferido, passou a pasta ao Sr. Fandango. E eu fui continuando sempre a dar apoio ao Sr. Fandango, formando músicos. E, se por um lado, o Sr. Armando Reigota talvez tivesse um pouco mais de batuta, um pouco mais de regência, depois, a seguir, o Sr. Fandango tinha um pouco mais de saber lidar com as pessoas. E então aí começou a aproveitar-se o trabalho do Armando Reigota como regente, como exigência de tocar e, depois, o Sr. Fandango foi aproveitando aquelas lufadas de ar fresco que eu lhe dava de miúdos este ano, sete para o ano, mais cinco para este… E começámos a formar uma banda de trinta, trinta e cinco, quarenta e quando eu saí estava nos quarenta e tal (o Miguel tinha na cabeça que não tinha cinquenta, mas tinha perto porque depois eu saí, mas, nessa altura, estavam prontos a sair cinquenta músicos). E a banda começou a atingir um certo nivelzinho." |