Inventário PCI
Serpa
“Tenho corrido 1000 terras”- Cante _Poema amoroso.
Francisco Galamba; Vila Verde de Ficalho; Ano de nascimento: 1922; Concelho de Serpa.
Registo 2006.
Cante Alentejano
Transcrição
«Tenho corrido mil terras,
cidades mais de quarenta.
Tenho visto caras lindas.
Tenho visto caras lindas,
só a tua me contenta.
Venho da terra dos brilhos
por serras de diamante,
passando mares e rios.
Passando mares e rios
pra(1) ver teus olhos brilhantes.
Pra ver teus olhos brilhantes,
para amar teu coração.
E venho a pedir ao teu pai,
venho a pedir ao teu pai,
que me dê a tua mão.
E anda, vem pró(2) pé de mim.
E anda vem, não sejas louca,
que eu quero te dar um abraço.
Que eu quero te dar um abraço,
dois ou três beijos na boca.
Dois ou três beijos na boca.
Quero sentir o teu calor.
E anda, vem prò pé de mim,
anda vem prò pé de mim,
vem pró pé do teu amor.»
Francisco Galamba, Ficalho, (concelho de Serpa), Fevereiro 2006.
Glossário:
(1) Pra – abreviatura oral, de uso informal e coloquial, de “para”.
(2) Prò – abreviatura oral, de uso informal e coloquial, de “para o”.
Caraterização
Identificação
Contexto de produção
Contexto territorial
Contexto temporal
Património associado
Contexto de transmissão
Contadores de histórias participam em iniciativas do Município de Serpa e de Beja. São convidados para participar na inicativa Palavras Andarilhas. Vão a escolas, lares e bibliotecas.
Em 2010/2011 o Agrupamento de Escolas de Serpa como o projecto "Contos d'Aqui" entrevistou e levou à escola a Susete Vargas de Vale do Poço e a Francisca Calvilho de Vila Verde de Ficalho, mais duas contadoras de histórias do concelho de Serpa (ver o blog em "Documentação")