Inventário PCI

Almas penadas

Torres Vedras

"Almas penadas" - Sobre uma alma penada que ajuda um peixeiro com a sua carga.

Arminda Santos, Ano de nascimento. 1946, Matacães, Torres Vedras, Registo 2010.

Mitos e lendas

Transcrição

Almas penadas

 

Antigamente os peixeiros também iam muito cedo, porque tinham que depois que vender o peixe. E então diz que havia um peixeiro, lá para a minha terra, havia um peixeiro que chegava quase sempre ao mesmo sítio [e] a carga quase sempre ia abaixo. Ele um dia olhou… Era sempre à porta de uma igreja. Ele um dia olhou e viu lá uma pessoa. Ele então disse para essa pessoa:

- Olhe, faz favor, vem-me cá ajudar a segurar a carga?

E a pessoa foi e ajudou. Ajudou-lhe a segurar os caixotes. No fim de estar tudo apertado, ele depois quando lhe foi a passar… (como é que se chama? A selha ou o que é –) a silha (?) – as mãos estavam geladas. E ele disse assim:

- Ai, amigo, tem umas mãos tão geladas…

- Quem vai, vai; quem está, está. Eu não me meti consigo, você é que me chamou.

E o homenzinho com o burrico foi a correr, cheio de medo! Então dizem que eram as almas penadas, não é? Não sei se era uma penada, se tinha penas, se era despenada… Não sei!

 

 

Arminda Santos ,2010, Matacães,Torres Vedras

 

 

 

Caraterização

Identificação

Tradições e expressões orais
Manifestações literárias, orais e escritas
Almas penadas
1946
Arminda Santos

Contexto de produção

Contexto territorial

Matacães
Matacães
Torres Vedras
Lisboa
Portugal

Contexto temporal

2010

Património associado

Contexto de transmissão

Estado da transmissão
ativa
Descrição da transmissão
Agentes de tramissão

Encontros em festas e actividades promovidas pelo Município e Junta de Freguesia

Idioma
Português

Equipa

Transcrição
Ana Sofia Paiva
Registo vídeo / audio
José Barbieri
Entrevista
Filomena Sousa
Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL