Inventário PCI

Mágoa

"Mágoa"- Quadras em decassílabos expressando o amor à poesia

Rosa Dias, Ano de nascimento 1947, Lisboa, Registo 2012.

Poesia Popular

Transcrição

Mágoa

 

Estou triste demais para poemas fazer

Que mágoa enorme dentro do meu ser

E o ser magoada por este ou aquele

Não temo que seja, pois deixá-lo ser

 

Mas por vós, queridos, amores do meu peito

Porquê o desdém? Porque esse jeito?

Não sei conceber palavras assim

O amor à poesia está dentro de mim

 

Meu coração triste, meus olhos chorando

Um nó na garganta me está apertando

Se eu fosse escolher, não sei quem escolhia

Se vós sem amor, se a minha poesia

 

Se triste ou alegre, para ela eu vou

Sem queixas me aceita tal qual eu sou

Sem gente ao redor, eu só nunca estou

Pois minha poesia jamais me deixou

 

Se um dia eu morrer

Pensareis: Morreu só.

Não penseis assim

Pois minha poesia estava junto de mim.

 

Informante: Rosa Dias

2012/Campo Maior

 

 

 

 

 

 

Caraterização

Identificação

Tradições e expressões orais
Manifestações literárias, orais e escritas
Mágoa
1947
Rosa Dias

Contexto de produção

Contexto territorial

Casa do Alentejo - Lisboa
Santa Justa
Lisboa
Lisboa
Portugal

Contexto temporal

2012

Património associado

Contexto de transmissão

Estado da transmissão
ativa
Descrição da transmissão
Agentes de tramissão

Poesia Popular da autora transmitida por livro e recitada em diversos eventos culturais.

Idioma
Português

Equipa

Transcrição
Ana Sofia Paiva
Registo vídeo / audio
Catarina Machado
Entrevista
Ana Machado
Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL