Inventário PCI
Declamação de poema de autoria própria.
Poesia de autor
Transcrição
- "Eu também conto histórias em verso. Tenho aqui uma: Caminhos velhos.
O tempo limpa os vestígios
O tempo muda os sinais
O tempo traz-nos lembranças
Do tempo que não voltou mais.
Quem torna a caminhos velhos
Sempre encontra algum lugar
Onde amores outrora belos
Consumados ao luar
Caminhos corridos sem pausa
Atrás de um amor que já era
Da minha esperança a causa
Á... Voltar, quem me dera.
Isso era bom, não era?
Ninguém sabe quando passa por caminhos
E a desgraça nos espera
Até com graça
Porque o destino é que traça
Reuniões que eram feitas
Nas encruzilhadas conhecidas
Para formular ideias
Nas ditas assembleias
Encruzilhadas muito usadas
Testemunhas de reuniões
De projetos e de noitadas
Para gramadas e serões
Gramadas, sabe o que era? Espadulada.
Caminhos do nosso encanto
Que outros antes pisaram
Confinavam no mesmo canto
Onde as assembleias eram
(...?) de ideias novas
Para fazer face e sair
Das encruzilhadas da vida
Com talento consentir
Caminhos da minha infância
Felizes os que partiram
Felizes os que ficaram
Felizes os que voltaram
E velhos caminhos reviram
Quando olho o tempo ido
Por terras onde passei
Com uma lágrima recordo
Com tristeza não voltarei."