Inventário PCI

A Princesa e a Moura

História da maldição da Princesa transformada em cobra nas margens do rio

Lendas do sobrenatural (mouras encantadas); Versão em verso.

Transcrição

A Princesa e a Moura encantada,

que no rio se está a pentear.

Apareça só de madrugada

ou de noite se houvesse luar.

 

Seu cabelo chegava à cintura

e dos olhos um brilho saía.

O seu rosto expressava ternura

a sorrir na aurora do dia.

 

Era flor do seu povo amado.

Junto ao rio gostava de estar.

As tropas do velho condado

suspiravam ao vê-la passar.

 

(...)

 

Com a guerra que então começava

e os mouros todos a fugir,

foi no rio que uma cobra-fada

encantou-a e pô-la a dormir.

 

(...)

 

Aparece vestida de branco

nas margens do Rio Mouro.

Quem for lá quebrar-lhe o encanto,

diz a lenda que guarda um tesouro.

 

Um tesouro que tem riqueza para sete cidades

ou veneno para as contaminar.

O mistério guarda essas verdades,

ninguém se atreva a desencantar.

 

E acaba aí.

Diz que uma vez foi um cavaleiro lá para a desencantar e tinha que lhe dar um beijo. Então ela veio em forma de cobra a nadar pela presa para cima e quando chegou a ele, ele assustou-se. E ela disse: «Lá condenado, amaldiçoaste-me por mais 100 anos.». E ela depois durante esses 100 anos não podia ser desencantada."


 

Caraterização

Identificação

Tradições e expressões orais
Armando Domingos, Maria Barreiros, Maria das Dores, Maria Glória (Lola)

Contexto de produção

Contexto territorial

Ribas de Mouro
Ribas de Mouro
Monção
Viana do castelo

Contexto temporal

2022

Património associado

Contexto de transmissão

Estado da transmissão
Descrição da transmissão
Agentes de tramissão
Idioma

Equipa

Transcrição
Laura del Rio, Paulo Correia
Registo vídeo / audio
José Barbieri
Entrevista
Filomena Sousa, José Barbieri
Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL