Inventário PCI

O olho do mar

História sobre um tesouro enterrado e sobre um lago sem fundo, que dizem ser o olho do mar.

Lendas do sobrenatural (tesouros escondidos; lagos com ligação ao mar)

Transcrição

- "Isso tesouros há muitos. Diziam que havia um no chão, que nós chamamos a região do Sardeiro, que havia um pote de ouro enterrado. Que a roda do carro das vacas passava por cima, que se via. Mas nunca ninguém o encontrou..."

- "Que nós saibamos!"

- "Sim, que nós saibamos ninguém o encontrou."

- "E diziam que [num] tipo como um lago, lá em cima no monte (...), no planalto. Então diziam que uma vez desapareça ali, como nós dizemos aqui, uma junta de vacas e o carro. Duas vacas e o carro carregado de centeio, remecho como nós dizemos aqui, e o obreiro, a pessoa que ia a chamar as vacas. Então diziam que aquilo que era o olho do mar, porque depois que apareceram molhes de palha no mar. [Esta] espécie de lago existe. Claro, se lá se afogou algum... [ninguém sabe].

Contava-me a minha mãe, porque a minha mãe, a inverneira dela era aqui na vila e a branda era lá. Os obreiros das vacas, que se juntavam - talvez juntava-se muita gente com os animais no monte - e que atavam nas varas de tocar as vacas umas às outras para chegarem ao fundo do tal lago, que nunca encontraram. A vara que nunca lhe batera no fim. Que ataram se calhar cinco ou seis paus uns aos outros e a vara que nunca batera no fim. Por acaso não [vou] ver esse lago mesmo há muito tempo."

 

Caraterização

Identificação

Tradições e expressões orais
Irene Gonçalves, Deolinda Gonçalves

Contexto de produção

Contexto territorial

Castro Laboreiro
Castro Laboreiro
Melgaço
Viana do castelo

Contexto temporal

2022

Património associado

Contexto de transmissão

Estado da transmissão
Descrição da transmissão
Agentes de tramissão
Idioma

Equipa

Transcrição
Laura del Rio, Paulo Correia
Registo vídeo / audio
José Barbieri
Entrevista
Filomena Sousa, José Barbieri
Inventário PCI - Memoria Imaterial CRL