O estudo do céu indígena from musa - museu da amazônia on Vimeo.

Etnoastronômo e consultor do Musa, Germano Afonso fala sobre as vantagens de estudar etnoastronomia em Manaus.
Em seguida, Diakara, integrante da etnia Desana, estudante da UEA e monitor do Musa, fala sobre como a observação do céu ainda hoje orienta as práticas de seu grupo.

Um museu vivo
Que segredos escondem as águas do rio Negro? Que constelações as diversas etnias indígenas amazônicas identificam no céu? Como um mosquito vê a floresta ao seu redor? Seria possível "enxergar" o ar que se move entre a copa das árvores?

A complexidade e a rica diversidade social e biológica da Amazônia suscitam uma série de perguntas. Para algumas, as respostas já existem. Para outras, elas ainda precisam ser descobertas.

Embarcar nessa aventura, de imaginar perguntas e buscar respostas, é o que propõe o Musa - Museu da Amazônia.

Para cumprir esse objetivo, será preciso ir de encontro à natureza. Os sentidos, como o tato e a visão, não serão os únicos aliados na jornada – uma variedade de instrumentos, entre microscópios, lupas e microcâmeras, ajudará a estimular a curiosidade do visitante. Muitas vezes, será preciso sair da posição de observador para tentar entender como um pássaro nos enxerga ou o modo como uma formiga experimenta o mundo.

Este é o convite que o Musa faz a seus visitantes: adentrar a floresta e conhecer um verdadeiro museu vivo.

A estrutura

Criado em janeiro de 2009, o Musa ocupará 100 hectares da Reserva Adolfo Ducke, em Manaus, uma área de floresta de terra-firme nativa que há mais de 30 anos vem sendo estudada por cientistas. Os resultados dessas pesquisas, reunidos em catálogos sobre temas como plantas, pássaros e rãs, são o ponto de partida do acervo do museu.

Em breve o público terá acesso à primeira instalação: uma plataforma elevada coberta por uma tenda de 80 metros de comprimento. A estrutura abrigará um anfiteatro, salas para palestras e exibição de vídeos, banheiros e praça de alimentação. Cruzando seus dois andares, haverá um aquário de 800 mil litros no qual estarão expostos peixes da Amazônia, como o pirarucu, o poraquê e o jaraqui.

Serão inauguradas ainda trilhas e torres de observação dentro da floresta e exposições temáticas. Projetos de educação ambiental, de apoio à pesquisa e de divulgação científica também estão agendados.

Espaço para educação e conhecimento, acima de tudo espera-se que o Musa seja um local de convivência e celebração da diversidade. Um espaço onde os humanos de diversas culturas e a natureza possam colocar em prática o mote viver juntos.

Site original: http://www.museudaamazonia.org.br