| acervo: | Brandão Lucas |
| documento: | 6- Lembrança dos Mouros |
| sinopse: | Rodam ainda, como no tempo dos mouros, as azenhas do Boco, em Vagos. Como no tempo dos mouros há um regato que desliza entre a vegetação. Há também o som / memória de uma Mértola antiga, quando o poder da dinastia almóada ecoava forte do alto do minarete. E há, como parte do testamento mouro, além do sabor das laranjas, restos de cerâmica que a arqueologia teimosamente põe à luz do dia e se mostra em significativa colecção de arte islâmica, considerada uma das mais importantes a nível mundial. Mas desses testemunhos também ficaram gestos que reflectem e celebram antigas batalhas, vitórias nunca esquecidas dos cristãos sobre os mouros. Porque, para o povo, a memória mais antiga é essa, a dos mouros! Tudo o que é antigo é do tempo dos mouros. Até as lendas! |