Descendente de uma família de barbeiros, Jerónimo Rocha (77 anos) começou a exercer ainda criança. Depois da escola passava pela barbearia e os clientes, provavelmente não querendo esperar pela sua vez, pediam-lhe o corte. À medida que crescia, foi ganhando tranquilidade no que fazia. «Não escolhi», diz; foi o resultado previsível de um percurso que dificilmente poderia conter desvios.
Já adulto, emigrou para a Alemanha para trabalhar na indústria automóvel. Tornou viagem e estabeleceu-se em Setúbal. Mais tarde, regressou a Palmela onde alugou um pequeno espaço que mantém aberto. É aqui que passa os seus dias.
Nesta entrevista, com cerca de 20 minutos, Jerónimo fala-nos ainda das brincadeiras de criança, das partidas de Carnaval, da disputa dos jogos de hóquei em patins, revelando-nos um tempo e cenário diferentes de uma Palmela que nos seria, hoje, desconhecida.