Inventário PCI
Alenquer
"Os dois compadres" - Depois de andarem perdidos por Lisboa, dois compadres acabam numa pensão, a partilhar a mesma cama… e não só!
Mariana Monteiro, Ano de Nascimento 1942. Mata de Palhacana. Pereiro de Palhacana.
Anedota
Transcrição
Os dois compadres
"Havia dois compadres. E, coitados, em Lisboa não conheciam nada. Foram para Lisboa e já não se viam há muito tempo. Encontraram-se em Lisboa, no eléctrico. E, coitados, como não se viam há muito tempo, andaram por Lisboa, por aqui, por ali e por acolá, coitaditos: perderam-se em Lisboa. Mas lá encontraram um homem e perguntaram se havia uma casinha que alugasse quartos, que já era de noite! Já era de noite! E então, o homenzinho ensinou uma caseca, uma pensão. Eles foram. Lá bateram à porta e vem o homenzinho, disse:
- Olhe, a gente queríamos um quarto.
- Está bem, mas os senhores são dois… Tenho um quarto mas só com uma cama.
- Ah, isso não faz mal! Isso não faz mal! Não faz mal…
Os homens, coitados, foram para o quarto, deitaram-se. Mas um adormeceu. E o outro estava acordado. E o outro acorda ao estremecer da cama – a cama a estremecer. Diz o outro:
- Eh, c’mpadre! Qu’é que ‘tá fazendo, que ‘tá a cama estremecendo?
- Eh, c’mpadre! ‘Tou-me alembrando da minha Maria, ‘tou batendo uma!
E ele disse assim:
- Então o compadre ainda não deu por ela que o alho não era o seu?!"
Caraterização
Identificação
Contexto de produção
Contexto territorial
Contexto temporal
Património associado
Contexto de transmissão
Histórias partilhadas nos tempos de lazer e em festas e romarias. Actividades promovidas pelo Município.