Debaixo daquela ponte
Debaixo daquela ponte
Está uma roseira aberta
Foi onde o José Caixeiro
Enganou a Lauriberta
Foi onde o José Caixeiro
Enganou a Lauriberta
Enganou a Lauriberta
À sombra duma roseira
Ela era tão sérinha
E caiu na maroteira
E ela era tão sérinha
E caiu na maroteira
Ela chegou a casa
Toda triste, apaixonada
E a mãe disse para ela:
- Ó filha, estás desgraçada.
E a mãe disse para ela:
- Ó filha, estás desgraçada.
- Não estou, não, ó minha mãe,
Nem me esteja a arreliar.
Eu vou ter com o Zé Caixeiro
Como me eu hei-de arranjar.
- Ó senhor José Caixeiro,
Vou-lhe pedir um favor.
Bote cá sua mão direita
Já lá tem o meu valor.
A mão direita não ta dou,
Nem de ti quero saber.
Só te peço, Lauriberta,
Não me tornes a aparecer.
- Assim vais, assim me deixas
Com a barriga redonda.
Já não arranjas dinheiro
Pra pagar a minha honra
Já não arranjas dinheiro
Pra pagar a minha honra.
Luísa de Jesus Santos , 2009, Candal, S. Pedro do Sul