A presente comunicação dá relevo aos resultados de um conjunto de incursões etnográficas sobre 36 experiências de viver só, onde as narrativas dos sujeitos se cruzam com outras fontes de informação, especialmente elementos retirados da observação do alojamento. Focalizando a escala das acções singulares, protagonizadas por “indivíduos múltiplos”, “multideterminados” e “multissocializados”, procura-se aqui aprofundar em que medida a monoresidência – enquanto acção de delimitação física de um espaço singular gerido autonomamente pelo próprio – representa, no domínio da vida pessoal, uma condição propícia à concretização com êxito de projectos de realização do indivíduo autónomo, capaz de identificar as suas potencialidades, de tomar opções, na pluralidade de contextos institucionais possíveis, e de gerir os limites, constrangimentos e contornos de relações interpessoais que estabelece no quotidiano.

 

Apresentação Retratos etnográficos do viver só

 

Programa Seminário ABORDAGENS BIOGRÁFICAS, MEMÓRIA, HISTÓRIAS DE VIDA