• Nome: Joaquim Barbas

  • Ano de Nascimento: 1952

  • Residência: Portalegre (freguesia de São Lourenço)

  • Função na Sociedade Musical Euterpe: Antigo director

  • Entrevista: 2010/2/9_ Portalegre_Sede da Sociedade Musical

"Eu desde muito novo estive sempre ligado a associações, enfim, a actividades públicas. Logo aos vinte e dois anos fui presidente de uma comissão de festas numa freguesia aqui bem próxima (onde eu ainda tenho uma casa e residi lá, quando casei fui para lá) que é a freguesia de Carreiras. E comecei a presidir a essa comissão de festas, a organizar as festas nessa freguesia. Foi o primeiro contacto que tive com a Banda Euterpe porque nessas festas locais, dessas aldeias, é importantíssimo uma banda naquela altura. Ainda hoje é mas, naquela altura, a banda e os foguetes era fundamental. E daí que comecei a ter contacto com a banda Euterpe.

Entretanto fui eleito também presidente da Junta de Freguesia dessa mesma localidade, dessa mesma freguesia. Estive oito anos à frente da Junta de Freguesia e continuei sempre a trabalhar com a Banda Euterpe.

Entretanto tenho três filhos, mas naquela altura tinha dois e lembrei-me de… Com os contactos que tinha frequentemente com a Banda Euterpe… E os miúdos com oito anos, dez anos vieram para a escola de música da Banda Euterpe e começaram a aprender música. Hoje um (que está licenciado, é engenheiro electrotécnico, está empregado, está bem) ainda hoje é músico da Banda Euterpe, tem vinte e oito anos e também é professor na escola de música da Banda Euterpe. É uma actividade paralela mas ele gosta muito de música, toca sete ou oito instrumentos, mas a base foi efectivamente aqui. Aqui é começou a aprender o solfejo e as próprias pessoas… A outra, tenho uma filha que também estava (mas essa depois abandonou), mas aquele tem um dom especial para a música e ainda hoje continua aqui ligado.

Entretanto tudo isto continua e eu sou eleito vice-presidente da Câmara de Portalegre. Mais contactos com a Banda Euterpe. Os subsídios, enfim, aquelas coisas que as Câmaras… E eu, como vice-presidente da Câmara, frequentemente visitava a intuição e eles visitavam-me e enfim toda aquela ligação que há entre a autarquia e a instituição. A determinada altura (eu também estive oito anos como vice-presidente da Câmara), no fim do último mandato (nós não nos recandidatávamos) e as pessoas que estavam à frente da – isto em 1997, 96, 97 – que estavam à frente da banda, da filarmónica, entenderam que eu que seria um bom presidente dado que trabalharam comigo durante aqueles anos todos. Eles entendiam e começaram-me a “pressionar” para que eu fosse presidente da banda. E eu, com a ligação que tinha dos meus filhos cá e com o amor que já tinha à instituição (que fui criando), aceitei e fui eleito presidente da Sociedade Euterpe. E por aqui andei como presidente da direcção cerca de sete ou oito anos, foi mais ou menos de 96 a 2002, pronto. À volta de seis anos, foi."