| nome:  | 
Francisco Galamba | 
| ano nascimento: | 
1922 | 
| freguesia: | Vila Verde de Ficalho | 
| concelho: | 
Serpa | 
| distrito: | 
Beja | 
| data de recolha: | 2006 | 
- Enganar a Morte
 - Três histórias
 - Uma flor que abriu em Maio
 - Rosicler
 - Animais do Guadiana
 - As três moças
 - Esta noite (cante)
 - Jantar de feijão
 - Ofício para o filho
 - Príncipe Pele-de-Burro
 - Rego acima
 - Nª S.ª das Pazes
 - Tenho corrido 1000 terras
 - Na noite de S. João
 - O cão, a vaca e o burro
 - Francisco G. - Entrevista
 
Serpa “O cão, a vaca e o burro”- Um cão e uma vaca pensam em emigrar, mas um burro acha que está no país certo. Francisco Galamba; Vila Verde de Ficalho; Ano de nascimento: 1922; Concelho de Serpa. Registo 2006.  Classificação: Paulo Correia (CEAO/ Universidade do Algarve) em Junho de 2007    Este é já muito velho! É quando os animais falavam. Foi obrigado a tirar uma licença para os cães. Antigamente na’ havia! Tinham que ter licença e tinham que andar açaimados e a’pois mais tarde veio, daí a poucachinho tempo, pra andarem também *com um pau à rojo*(1). Vê que os animais ainda falavam nesse tempo. E juntou-se o cão e uma vaca e um burro. Juntaram-se os três e começaram a conversar. Disse o cão assim: – Tenho que me ir embora! Tenho que me ir embora aqui de Portugal, que eu aqui não me posso governar! Vou-me embora para outro país qualquer, mas tenho que me ir embora daqui. Disse-lhe a vaca: – Então e vais-te embora porquê? Cão – Vou-me embora porque para andar em Portugal preciso de uma licença. Tenho que andar açaimado e com um pau à rojo (atado ao pescoço com uma corda). Então vou-me embora de Portugal.   E disse a vaca pra ele: – Pois eu também vou contigo! Vamos os dois.    Disse-lhe o cão: – Então e tu vais porquê?    Vaca – Porque aqui em Portugal ‘tá tudo fino na mão e eu não posso dar mama a tanta gente! E então vou-me embora também. E disse o burro assim: – Pois eu não me vou embora!   E disseram os outros: – Então e tu não te vens embora porquê? Burro – Porque tenho visto outros muito mais burros do que eu serem advogados e eu ainda espero ser alguma coisa! E eu ‘tou desconfiado que já falta pouco para porem algum burro lá no governo! Este também ‘tava bom!»   Francisco Galamba; 84 anos, Ficalho, (conc. Serpa), Fevereiro 2006.   Glossário:  (1) Com um pau: = trambolho (?) – pau que se colocava no pescoço dos cães para que não corressem em exagero atrás das ovelhas.  (2) Fino na mão: não quer trabalhar.  Para execução deste glossário consultou-se o website: http://www.priberam.pt.            Contadores de histórias participam em iniciativas do Município de Serpa e de Beja. São convidados para participar na inicativa Palavras Andarilhas. Vão a escolas, lares e bibliotecas. Em 2010/2011 o Agrupamento de Escolas de Serpa como o projecto "Contos d'Aqui" entrevistou e levou à escola a Susete Vargas de Vale do Poço e a Francisca Calvilho de Vila Verde de Ficalho, mais duas contadoras de histórias do concelho de Serpa (ver o blog em "Documentação")
				Inventário PCI
			
		
				Transcrição
			
		
				Caraterização
			
		
	
				Identificação
			
		
				Contexto de produção
			
		
				Contexto territorial
			
		
				Contexto temporal
			
		
				Património associado
			
		
				Contexto de transmissão
			
		
				Equipa