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"Eu trabalhava em Portalegre no Banco Pinto & Sotto Mayor, que naquela altura era (…) agora é já noutro sítio. E aí é que eu conheci o Sr. Gonçalves, que já faleceu [refere-se ao pai de António Lagarto Gonçalves], o Sr. Álvaro Parreira e eles é que me entusiasmaram para ir para o grupo da Boavista. E primeiro aquilo foi só uma marchinha. Uma marcha pelo São João correu as ruas da cidade e daí da marcha é que nasceu o rancho. A primeira actuação que fez o rancho foi no salão nobre do Seminário, no palco aí. E eram os ranchos todos iguais, eram emprestados por uns ranchos, que tinham vindo da Urra. E depois é que se fizeram as recolhas do rancho da Boavista, dos trajes (em São Julião, em todas as freguesias rurais do concelho de Portalegre). [Alfaiate] Era o Álvaro Parreira. E era um senhor que (…) que era o Sr. Vintém. Que esse é que fez os fatos. É esse o Álvaro Parreira. Era contínuo da Escola do Ministério Primário. E o Sr. Gonçalves era sapateiro, fez os primeiros sapatos do rancho da Boavista no Asilo de Santo António. E havia também lá um alfaiate que era o Sr. Lourinho que fez os primeiros fatos que era uma pessoa idosa. Já não deve ser vivo também." |