nome: |
Celeste Alexandre |
ano nascimento: |
1930 |
freguesia: | Pereiro de Palhacana |
concelho: |
Alenquer |
distrito: |
Lisboa |
data de recolha: | 2013 |
Alenquer "Cantiga de Folheto de Cordel" - Cantiga de folheto de cordel sobre um menino que morre ao tentar coser as folhas de uma árvore na tentativa de salvar o seu pai da morte. Celeste Alexandre, Ano de Nascimento 1930. Pereiro de Palhacana. Alenquer. Cantiga narrativa de folheto de cordel "Havia uma criança Teve a leal lembrança Que eu agora vou contar Muito embora pequenino Ele tinha muito tino E era raro brincar[1] A história, eu sei que a criança foi, subiu acima da árvore… Sei mais contar a história do que sei dizer os versos. A criança subiu acima da árvore e o pai estava muito doente. E ele ouviu o médico dizer para a mãe que o pai estava muito doente. Quando as folhinhas caíssem da árvore, que ele era capaz de morrer. Que naquela altura diziam que quando as pessoas estavam com doenças nos pulmões, ao cair da folha morriam. E então o rapazinho ouviu aquilo, o que é que ele fez? Subiu acima da árvore com um carrinho de linhas e foi prender as folhinhas da árvore, que era para o pai não morrer. Subiu acima da árvore a prender as folhinhas e caiu da árvore abaixo. A mãe procurou… Essas coisas é que eram os versos de… A mãe, quando começou a chamar, o rapazinho caiu cá em baixo, desmaiado. E depois o menino quando estava quase a morrer disse para a mãe: - Eu subi àquela árvore não foi para ver um ninho, foi para salvar meu paizinho. E agora eu morro mas salvei o meu paizinho. [1] Estes versos foram atribuídos ao poeta popular João de Sousa, e cantados pelo fadista Júlio Duarte (? - 1943) nos anos 30/40. Ver letra registada em anexo. Anexo Ingenuidade Um dia uma criança Teve a genial lembrança Que aqui lhes vou contar Muito embora pequenino Ele tinha muito tino Mas era raro brincar Havia no seu quintal Uma árvore e por sinal Um melro fez lá o ninho E lembrou à criancinha Com um carrinho de linha Trepar lá acima sozinho A mãe bem o procurou Porém não o encontrou E após tê-lo chamado Então um grito ela ouviu O garotinho caiu Cá em baixo inanimado Prestes a deixar o mundo O garoto moribundo Com a palidez do mármore Disse: Não foi pelo ninho Foi pra salvar o paizinho Que subi àquela árvore Ainda me lembro bem Do doutor ter dito à mãe Que com custo a prevenia Que quando as folhas caíssem E a nossa árvore despissem O meu paizinho morria Por isso levei as linhas Prás prender bem prendidinhas E todas elas atei Ele agora já não morre Anda, vai-lhe dizer, corre Que eu morro mas que o salvei Histórias partilhadas nos tempos de lazer e em festas e romarias. Actividades promovidas pelo Município.
Inventário PCI
Transcrição
Cantiga de folheto de cordel
Caraterização
Identificação
Contexto de produção
Contexto territorial
Contexto temporal
Património associado
Contexto de transmissão
Equipa