nome: |
Deolinda Gonçalves e Irene Gonçalves |
ano nascimento: |
|
freguesia: | Castro Laboreiro |
concelho: |
Melgaço |
distrito: |
Viana do Castelo |
data de recolha: | 2022 |
- A buraca da moura
- A moura e a serpente
- As brandas e as inverneiras
- As carpeadas
- Fazer sangue ao lobo
- O entroido [o entrudo]
- O lobisomem do Brasil
- O lobo que comia crianças
- O olho do mar
- Os lobisomens e os lobos
- Perder a fala com os lobos
Relato sobre um homem que deu um tiro a um lobo e perdeu a fala. Caso real associado a uma crença. Nota: Certas crenças tradicionais ligadas à caça envolvem tabus relativos à morte de certos animais. Embora, neste caso, não se trate de caça mas sim de autodefesa, o lobo continua a ser pensado como um animal com uma presença quase mágica, nomeadamente no Norte do país. A equivalência simbólica entre a perda da bala (que não matou o lobo) e a perda da voz humana, reflete a consciência de que, desta vez, a “voz” do lobo prevaleceu. - "Havia um nosso tio, da parte da minha cunhada, que diz que lhe deram um tiro e que ficara sem fala não sei quantos dias. O tio Artur. Diz que ia para namorar com uma rapariga. Era do lado da minha cunhada, portanto do lado meu marido, mas eu ouvia o meu avô contar isso. Dizia que ele ia namorar. Portanto os nossos avôs, o avô do meu marido e da minha cunhada, ela também se deve lembrar disso. Diz que eles eram dali de cima e tinham brandas e inverneiras. Então ele diz que ia daqui para a branda e que ia por um monte, claro, e que lhe saiu o lobo. E ele que lhe deu um tiro, mas não o matou. Então diziam que quando davam o tiro e não o matavam que era pior. E o lobo diz que veio atrás dele... agora é que já não me lembro bem, se ele vinha de lá para cá, se ia daqui para lá. E que quando chegou e que se meteu à cama, que esteve não sei quantos dias sem falar com o medo que ele apanhara ao lobo."
Inventário PCI
Transcrição
Caraterização
Identificação
Contexto de produção
Contexto territorial
Contexto temporal
Património associado
Contexto de transmissão
Equipa