nome: |
Armando Domingos, Maria Barreiros, Maria das Dores, Maria Glória |
ano nascimento: |
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freguesia: | Riba de Mouro |
concelho: |
Monção |
distrito: |
Viana do Castelo |
data de recolha: | 2022 |
- A branda de St António
- A gaita de coqueira
- A gravidez de 3 meses
- A gravidez de gémeos
- A princesa e a moura
- Aguar crianças e animais
- As feiticeiras
- Calçar os socos
- Cortar a peja
- Criar o porco com duas cerejas
- Curar as frieiras
- Desenganir a criança
- Diz que nunê bô
- Erguer o ventre
- Falar à de Riba - criar o porco
- Falar à de Riba - encher chouriças
- Medos e acompanhamentos
- O carvoeiro casou
- O carvoeiro e o abade
- O carvoeiro e o burro
- O nome do gado
- O porquinho de St António
- Os diabos
- Os meses
- Os vários namorados
- Para a criança falar
- Rematação de St António
- Talhar a peçonha
- Talhar as doenças
Relato e reza para curar diarreia consequente de uma queda. Rezas e benzeduras (para “erguer o ventre”); com ritual associado. - "Ela pode explicar o que é erguer o ventre. Lola." - "Fazia-se quando as crianças andavam de diarreia. Levavam-nas ao médico. Antigamente não as levavam que não os havia. Quando já os havia, levavam. E se melhoravam, melhoravam, se não melhoravam depois havia estas pessoas antigas que faziam isto. E pronto, a minha avó fazia. Fazia e melhoravam. E eu depois também aprendi com a minha avó." - "Quando se dá um tombo de costas e se fica de diarreia é isto." - "É quando se cai, se não, não dá." - "Cai o ventre." - "Erguer o ventre. As ervas estão aqui: seixebra, hortelã, madroa que todos os males entoa, alho, ervas-de-nossa-senhora. Estão aqui todas. O alho está aqui. E agora vou-as esmagar. [Esmaga com as costas de um martelo] Agora, Dores, vais à cozinha, acendes [o fogão]…" - "Não, isso é escusado." - "Ele não tem o ventre caído, o rapaz." - "Mas vai para fazer chá borra, para não ser frio." (...) - "Primeiro a toalha, que se não tem frio." (...) - "Isso agora ia ao lume? " - "Isto agora ia ao lume, mas aqui fora não dá." (...) - "Isto agora ia ao lume, com um bocadinho de azeite. (...) Tem que ter aí alguém que tenha uma camisa usada. (...) [Põe o preparado de ervas no ventre da criança deitada com um papel por cima e puxa as calças para ficar a calcar o penso] E agora diz-se: Ventre te entre em ti Como as ondas do mar se têm assim Com a graça de Deus e da Virgem Maria Um Pai Nosso e um Avé Maria. Ventre te entre em ti Como as ondas do mar se têm assim Com a graça de Deus e da Virgem Maria Um Pai Nosso e um Avé Maria. Ventre te entre em ti Como as ondas do mar se têm assim Ventre te torna a teu Como as ondas do mar tornam ao seu Com a graça de Deus da Virgem Maria Um Pai Nosso e um Avé Maria. [Benze-se e retira o penso] Usamos uma camisa assim ao contrário. Levanta, para pôr. E agora havia de dormir um sono. (...) E era assim que se fazia antigamente! - "E agora tem que dormir com isto um sono. E depois fazer isto três dias." - "Quando estava muito dilatado, quando não estivesse bastava um." - "As palavras na barriguinha? Ventre te entre em ti Como as ondas do mar se têm assim Ventre te torna a teu Como as ondas do mar tornam ao seu Com a graça de Deus da Virgem Maria Um Pai Nosso e um Avé Maria.
Inventário PCI
Transcrição
Caraterização
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Contexto territorial
Contexto temporal
Património associado
Contexto de transmissão
Equipa