| nome:  | 
Idalina Cacito | 
| ano nascimento: | 
1938 | 
| freguesia: | St. Clara de Louredo | 
| concelho: | 
Beja | 
| distrito: | 
Beja | 
| data de recolha: | Abril 2010 | 
- A menina no berço
 - A morte da condessa
 - A princesa magalona
 - A roupa de marinheiro
 - A solteirona
 - As Janeiras
 - Auto de Natal
 - Cantiga da Páscoa
 - Cantiga de embalar
 - Confissão
 - Entrudo
 - Gosto pela escola
 - O namoro com D.Carlos
 - O padrinho apaixonado
 - O sapateiro
 - Pombinha voa voa
 - St. António padrinho
 - St. António se levantou
 - Teatro da primária
 
Beja “A menina no berço”- Na ausência temporária de uma mãe, a filha mais velha zela pela casa e embala a irmã (não é cantado).   Idalina Cocito; St. Clara de Louredo; Ano de nascimento: 1938; Concelho de Beja. Registo 2010. Cancioneiro: Cantigas do Ciclo de Vida: Cantiga de Embalar.    Classificação: Isabel Cardigos (CEAO/Universidade do Algarve) em Setembro de 2011.   Fonte da classificação: Aliete Galhoz em Aliete Galhoz em Idália Farinho Custódio e Maria Aliete Farinho Galhoz, Cancioneiro: Património Oral do Concelho de Loulé, vol. IV, Loulé, 2010, CM Loulé.    Havia também uma velhota que vivia num monte(1). E depois foi *à da filha*(2)  e ia por o mato afora, *tira-tira, beco-beco(3)*, chegou lá adiante, encontrou um lobo.   Lobo – Agora como-te! – disse o lobo. – Tem paciência, mas agora como-te!   Velha – Ai, não! Olha na’ me comas agora, que eu vou ao casamento da minha neta e já venho mais gorda! Nessa altura já me comes, mas agora ainda estou tão magrinha! Na’ vale a pena!   Lobo – Atão(4) ‘tá bem.   Bom e tudo falava nessa altura: falavam os lobos e falavam as velhas. Abalou(5) a velhota, tira-tira, beco-beco, foi à da filha. Bom, chegou lá, houve o casamento da neta. Quando acabou isso, disse ela:   – Ai! Diga lá, agora… Como é que eu agora vou pra casa?! Atão o lobo ‘tá aí à minha espera! Ele disse logo que me esperava.   Familiar – Ai, na’ senhora! Espere que a gente temos aqui uma cabaça(6). A gente arranja-lhe aqui a cabaça e você vai dentro!   ‘Tiveram raspando aquilo tudo e meteram a velha na cabaça. Bom, abalou rebolando e encontrou o lobo. Disse ele:   – Ó cabacinha, não viste pràí uma velhinha?   Cabaça – Eu na’ vi nem velhinha, nem velhão! Corre, corre cabacinha, corre, corre cabação!   Lá abalou rebolando, rebolando e, pronto, o lobo ficou à espera. E ela abalou rebolando, rebolando foi pra casa.   Também deve ser verdade, esta!     Olívia Brissos, Beringel (conc. Beja), Fevereiro de 2006. Glossário: (1) Monte: regionalismo do Alentejo. Sede de herdade formada por vários edifícios em torno de um pátio; designação por vezes atribuída à própria herdade. (2) Ir à da: ir à casa de alguém, no caso, à casa da filha (expressão do Alentejo). (3) Tira-tira, beco-beco: «Um andamento qualquer que a gente… A minha neta quando eu vou lá é que me diz: – Atão? A avó atão já vai tira-tira, beco-beco? Cantando muito calada, n’ é verdade? – Pois, atão agora vou cantando muito calada. É uma maneira de dizer.» (Olívia Brissos, Beringel, Fevereiro de 2006). (4) Atão: regionalismo de Portugal, de uso informal e coloquial que significa “então”. (5) Abalou: foi-se embora. (6) Cabaça: espécie de abóbora normalmente com a forma do algarismo 8 que, depois de despojada das sementes e completamente seca, pode ser usado como vasilha para líquidos. Para execução deste glossário consultaram-se os websites: http://www.ciberduvidas.com; http://www.infopedia.pt; http://motoxaparros.webs.com/comodizquedisse.htm; http://www.priberam.pt/; http://acll.home.sapo.pt/portugues.html                 Contadores de histórias que participam em iniciativas do Município de Beja. São convidados na iniciativa Palavras Andarilhas. Vão a escolas, lares e bibliotecas.
				Inventário PCI
			
		
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